Na virada de janeiro para fevereiro, produtores de alimentos industrializados e de artigos de higiene pessoal e limpeza doméstica - que usam açúcar e petróleo em suas fórmulas, por exemplo - apresentaram novas tabelas de preços aos supermercados, que preveem aumentos entre 5% e 7%.
Em alguns casos, porém, como o dos detergentes líquidos e refrescos em pó, a alta chega a 20%. O presidente da Abras (Associação Brasileira dos Supermercados), Sussumu Honda, diz que “o nível de reajuste está forte e não está dando para negociar porque o mercado está aquecido”.
Nos produtos de limpeza, que usam matérias-primas derivadas do petróleo, a indústria quer aumentos de 8% e 9%. Em alguns casos, o porcentual é maior.
As novas listas incluem ainda alimentos industrializados que já haviam subido nos últimos meses. Entre eles, estão produtos que usam muito açúcar, como o refresco em pó. Outro exemplo é o café, que chegou a ter aumentos de 15%. Entre os derivados de tomate, o aumento médio ficou entre 10% e 11%.
O impacto no bolso do consumidor depende das negociações. Geralmente, os supermercados conseguem descontos sobre os preços de tabela. Mas, este ano, a disputa ficou mais acirrada, pois o consumo está aquecido. Os supermercados trabalham com estoque suficiente apenas para a reposição semanal, e ninguém quer ficar sem produto.
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