Shopping Morumbi adota base elevada

Desde o último assalto a uma joalheria, em 7 de fevereiro, o MorumbiShopping, na zona sul, adotou uma estratégia diferente contra o crime: uma base elevada móvel, blindada e com capacidade de subir até 7 metros. Com isso, seguranças têm visão panorâmica de quem acessa o centro comercial e até das imediações.

O equipamento fica na Avenida Doutor Chucri Zaidan, lateral do centro de compras, exatamente por onde parte do bando fugiu após o assalto.

Essa mesma ferramenta também está sendo testada pela Polícia Militar de São Paulo. A base já foi utilizada em pelo menos três grandes eventos monitorados pela corporação, como a árvore de Natal do Ibirapuera, o réveillon na Avenida Paulista e a posse do atual governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB).

Para a PM, a experiência foi bem sucedida e até o fim deste ano serão feitos novos testes. Os locais não foram divulgados.

No caso da base do shopping, um segurança permanece de plantão dentro do equipamento e a cada meia hora a base costuma ser levantada para que o guarda tenha melhor visão do entra e sai de clientes e até mesmo de quem circula pela avenida.

Segundo lojistas, essa não é a única ‘arma’ de combate à criminalidade. O efetivo de seguranças do shopping, por exemplo, também teria sido aumentado.

Procurada duas vezes pela reportagem, a assessoria de imprensa informou por e-mail que “o MorumbiShopping não se pronuncia sobre essa questão, justamente porque a segurança do shopping é uma questão muito estratégica”. A reportagem apurou que a base elevada poderá ser substituída por uma fixa nos próximos meses, mas o assunto também não foi comentado pela assessoria.

O MorumbiShopping enfrentou três assaltos desde outubro do ano passado quando um casal foi preso logo após assaltar a joalheria Montblanc.

Em fevereiro, foi a vez da Dryzun, no piso térreo, ser atacada. Dois homens foram presos acusados do roubo. Seis dias depois, o posto de atendimento da Live Pass foi roubado. A bilheteria localiza-se no estacionamento. Foram levados R$ 100 mil.

Cristiano Vargas, diretor da Vault, empresa responsável pela produção da base, explica que a ideia foi trazida dos Estados Unidos. Segundo ele, o equipamento foi lançado ano passado durante uma feira de segurança na capital. “É um modelo interessante, principalmente para a polícia, no controle de multidões e aglomerados”, conta.

“Temos recebido bastante procura. Há interesse de ser usado na festa do peão de Barretos”, comenta. Para Vargas, entre os locais mais indicados para a utilização da base destacam-se empresas de valores. De acordo com ele, dependendo da operação e chegada de dinheiro em alguma unidade, a base pode ser transportada.

Postado em: Atualidade,São Paulo